07 agosto 2013

Um papo sobre: A melhor decisão da minha vida.

     


       O meu maior erro todo esse tempo foi de fazer as coisas pensando no que os outro iriam pensar. Isso vai desde o blog até minha forma de vestir. "Ahh, mas você tem que fazer o que você achar melhor Maria, não se importe com a opinião dos outros", certo, mas é inevitável. Sempre, seeempre, seeeeeeempre, alguém vai te criticar e dizer que o que você faz, ou vai fazer, não vai dar certo! E nós, como seres altamente manipulados por injeções de baixo-estima, desistimos do que sonhamos. E isso acontece desde que eu era pequena, começando com as profissões...
        Eu queria ser advogada. Bem, achava(acho) um máximo a profissão, e sonhava ser uma advogada do tipo que levanta da cadeira e começa a dar um show no tribunal, que deixa o outro advogado sem argumentos, que deixa a vítima sem palavras, e o juiz de cabelo em pé sem ter mais o que perguntar, tipo filme sabe? haha. Masss, a sociedade disse: "Não menina, cê tá doida? Advogada é vê uma morte, você vai defender até bandido, nam!!", e eu aceitei isso sem contestar que eram só hipóteses, não necessariamente verdadeiras. Depois foi a de ser modelo. Essa não foi por vontade própria, e sim porque as pessoas diziam que eu levava jeito pra coisa, que tinha o físico e tudo, mas era só porque eu era magrinha, nem liguei muito pra essa. E quando eu disse "Medicina"? Todos me olharam com uma cara de "você? medicina? burra desse jeito? tem que estudar muito bixinha!". Convenhamos, a pior coisa do mundo é alguém duvidar da sua capacidade! Eu não tenho o hábito de estudar diariamente, não sou uma Einsten, mas também não sou aquela aluna que só faz colar. Tiro boas notas, e se eu me dedicar a medicina, eu consigo passar sim, porque eu confio em minha capacidade, okay sociedade?
      Bem, mas não foi só isso, o mais chato mesmo foi quando eu fiquei "mocinha", "Oi, Mari. Agora você vai sofrer algumas alterações: engordar, emagrecer, ter espinhassss, namorar... ". Só pra vocês terem uma noção, minhas roupas quem escolhia era minha mãe, e eu não via nenhum problema nisso, mas quando você vê sua amiguinhas com um short jeans colado e cabelo liso-perfeito, e olha pra você conjuntinho da turma da lilica ripilica e cabelo valha-me-deus-que-desgraça, dá uma vontade danada de mudar!
     Minha primeira mudança foi entrar na academia. Quando mais nova eu era magérrima, só que quando fiquei adolescente eu engordei muuuito! Pesava uns 58kg, com uma altura relativamente anã, e só tinha barriga, era mal feita de mais!!! Mas a academia não tava fazendo muito efeito, e eu sempre morri de preguiça de fazer exercícios físicos, e quando eu achava que estava melhorando vinha aquela pessoa enviada lá dos cafundó, e me dizia "valha como você tá mais gorda!", puuuf. Enfim, desisti. Depois foi meu cabelo, quando mais nova ele era uma seda, superrr liso e loiro-perfeito! Já quando cresci... Ficou uma desgraça! Não sabia se ficava liso ou cacheado, qual cor queria ser, e não crescia de jeito nenhum. Eu odiava meu cabelo e meu corpo, por isso vivia de cabelo amarrado e roupa 'comportada'. E quando foi nos namoros? Sempre deu merda! Se apaixonar por aquele cara da sala que me zoava, por aquele que tinha namorada, ou por aquele que dizia "somos bons amigos" dando o fora mais conformista já recebido por todos, era normal pra mim. E as roupas? Bem, minha mãe abriu caminhos para eu poder escolher minhas próprias roupas, uma coisa boa, aêee!
     Porém, o que mais me deixou angustiada nessa vida aborrecente foi a construção de uma personalidade. Eu sempre tive um jeito muito difícil de se lidar, por isso que digo que os amigos que ficam comigo por muito tempo são os verdadeiros. E eu ficava chateada porque eu via vários grupinhos de amigas, que diziam ser super unidas, aquela amizade para sempre, e via que eu não tinha isso. Além de que todas minhas amigas entre aspas, saiam para onde quisessem e eu só teria como divertimento o meu computador, o que gerava várias discussões com minha mãe.
     Entretanto, com tantas coisas para reclamar, eu analisei tudo que tinha acontecido comigo durante o tempo que eu fiquei reclamando da vida, e conclui que não valia a pena passar a vida falando ou pensando como eu queria ser, ou como eu era pra ter nascido, e sim o que eu me tornei. Eu emagreci, quando desencanei totalmente na ideia de possuir pneuzinhos, eu dei uma re-paginada no visu, começando pelos cabelos (estão tão lindos s2), e vi que enquanto eu reclamava de não possuir aquelas amizades de "para sempre, desde sempre", eu tinha muito mais do que isso, eu tinha amigas que sempre estiveram do meu lado mesmo que eu fosse a pessoa mais feia e besta do mundo. E aqui pra nós, eu não quero amizades falsas como as de grupinhos, quero sinceridade, mesmo que para isso eu só tenha uma amiga, se for assim ela será  mais do que o suficiente. E as espinhas e os namoricos? Bom, esses estão na medida do possível bens, kk

 E por fim, sabe qual foi a melhor decisão da minha vida? Não desistir só porque o meu mundo parecia cair.

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